Emotions... Why not?

Um blog que procura ser uma viagem, à procura das emoções humanas.

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Emotions seeker...

30 dezembro, 2005

A culpa é das Renas...

Ora bem... quem acha que o meu blog é sempre taciturno, e a apelar aos sentimentos e às questões existenciais desengane-se.
Quem me conhece bem não se surpreenderá com este post... Eh eh eh...
Pensar e reflectir faz bem, mas muitas vezes o que faz bem é não levar a vida demasiado a sério...
Se ainda se estão a interrogar o porquê do Pai Natal não ter aparecido este ano, fiquem a saber que a culpa foi das Renas...














"Je ne discute pas le principe, je dis simplement ceci: ce n'est pas le moment"

28 dezembro, 2005

Medo de sentir...

Vens calma e sorridente, e o teu abraço espera por mim. É arrebatador o meu sentir, é e será sempre assim. Não tem muros nem fronteiras, o meu gostar é um campo aberto. Os meus horizontes têm 360 graus e oferecem-me mais possibilidades do que quaisquer muros ou barreiras que construa pra destruir. Se viesses circundar-me-ias em toda a amplitude dos meus horizontes, e não existiriam medos.
Acredito que o sentir verdadeiro nunca tem medos. Sou um sonhador, mas os muros que não construí permitiram-me não tirar nunca os pés da realidade. Aprendi a desistir, mas só depois de percorrer os 360 graus que estão ao alcance da minha vontade, do meu querer.
A vida é sempre dura, às vezes, e marca-nos sempre. São as desilusões que nos trazem medos de que não nos apercebemos, e permitimos que se apoderem de nós aos poucos. Reagimos construindo muros de incompreensão, e depois transformamo-los em muros de medo, vem a conformação, e por fim esquecemo-nos que eles lá estão e que havia um mundo por explorar para além deles. Ficámos imóveis, anestesiados, confinados ao que não recalcamos.
Ouso dizer que sou diferente dos demais neste aspecto. O meu grande medo é poder um dia descobrir que não fiz tudo o que podia, que não palmilhei todo o chão que se apresentava aos meus pés. Não me assustam lágrimas e tristezas, elas fazem parte do caminho. Acabo por transforma-las em nostalgia, depois em ténues recordações, e por fim guardo-as sempre como lições positivas. Por outro lado, guardo as alegrias sempre no seu estado mais puro, e recordo-as sempre com a mesma intensidade. Mais que isso, guardo as lutas que travei como troféus de orgulho. Contudo, não posso desmentir a tentação, de às vezes segurar-me só à realidade palpável, e deixar de rodar sobre mim próprio em busca dos meus largos horizontes. Mas acabo sempre por render-me ao meu instinto natural, pisar todo o meu chão...

27 dezembro, 2005

As coisas podem sempre piorar...



Por isso, o melhor é deitar as coisas más pra trás das costas e aproveitar as coisas boas...

26 dezembro, 2005

Silence, emptiness, and the beggining again...

Pergunto-me muitas vezes se a vida será sempre cíclica. Parece que nunca nada é constante, perene e verdadeiro. Não podemos deixar-nos em lado algum, corremos o risco de ao regressar já lá não estarmos. Neste aspecto não posso deixar de sentir-me diferente. Da minha parte sei sempre com o que posso contar. É estranho pensar que a verdade dos nossos semelhantes tem prazo de validade.
Chamem-lhe outra coisa qualquer, mas não uma verdade. Uma verdade é absoluta, é imutável. Claro que a linguagem das palavras transporta em si barreiras que a impedem de transmitir exactamente o que sentimos, por isso a dúvida que me fica é se realmente existem verdades. Existem desejos, vontades, instintos, e podem ser verdadeiros, mas são sempre efémeros, ou pelo menos, quase sempre.
Hás-de um dia ser a minha verdade, e hão-de terminar esses ciclos. Hei-de viver nessa minha verdade, a verdade de amar... E esse vazio deixar-me-á para sempre, e não mais baterá em silêncio o meu coração. Não precisarei nunca mais de começar de novo. De apagar-me pra me reconstruir, não precisarei mais de fazê-lo. Hão-de estar gastas as rochas do meu ser, de tanto se terem desmoronado. Hão-de estar gastas as minhas mãos de as ter colocado de novo no lugar. Hás-de estar do meu lado, e há-de ser uma verdade imutável o nosso amar.

24 dezembro, 2005

Tristeza Aparente... (free as a bird...)


É sempre assim, desejamos sempre voar mais alto e mais longe, tocar sempre um outro céu a um nível superior, conhecer um outro azúl, ou sentir um outro raio de sol. É sempre assim, o querer desmesurado, a dúvida, a incerteza e a falta de confiança... Duvidamos em lugar de acreditarmos, ficamos em lugar de irmos, e gastamos a vida assim, na dúvida, no incerto, na busca do que não existe. Sempre ousei acreditar mas nem sempre sinto a força necessária. É que acreditar que é aquele céu em que estamos o que queremos e que é nesse céu que vamos aprender a voar nem sempre é fácil.
E é sempre assim, parece que viver doi sempre e pergunto-me se é minha sina vencer a dor do meu caminho. É que vencê-la sei que venço, mas não a venço sem que custem algumas lágrimas aos meus olhos e à minha face, não a venço sem acrescentar mais umas poucas cicatrizes ao coração. E também não a venço sem sentir mais uma vez a mágoa do fracasso. E a mágoa do fracasso molda-nos a alma, rompe-nos a pureza e turva-nos o olhar. É a alma que se ressente e nos pede o descanso que o coração lhe não dá. É o medo de fugir para longe, de largar tudo e deixar-se levar... E é também o medo de ficar... Então mantemo-nos neste duelo surdo de agressões mudas e infrutíferas, golpes que ferem mas não matam, nunca matam, nunca nada é certo, mas devia sê-lo, pelo menos a crença, pelo menos por um dia que fosse... Se acreditarmos hoje, teremos o amanhã nas mãos, e ter o amanhã nas mãos é acreditar no amanhã do dia seguinte.

21 dezembro, 2005

Serenidade inconstante...

Vai fugindo o azul do céu e adivinha-se o fim de mais um dia, foge-me a serenidade de outrora, a realidade parece-me algo distorcida sem que perceba porquê. Dantes tinha o mundo nas mãos, era pequeno, mas tinha-o nas mãos. Agora sino-me nas mãos dele, impotente!
Confesso que custa olhá-lo de frente, mas é de frente que o vejo. Não gosto da sensação de me deixar levar por forças que não controlo. Pelo menos tenho uma certeza, é tortuoso o caminho da minha felicidade. Não tenho medo dele, nem do caminho, nem do mundo que agora se agiganta perante o meu olhar. Bem sei que era ilusoriamente que me sentia seguro de mim e dono do meu mundo. O desconhecido é muitas vezes mais confortável, mas quando levantamos a ponta do véu o desconhecido torna-se a nossa perdição…E caminhar no desconhecido é sempre um golpe no escuro, é fácil perdermo-nos e difícil encontrarmo-nos…
Assusta-me pensar que possam ser em vão os meus passos. É certo que nunca são completamente em vão, mas como não acredito nem no destino nem na sorte… Acaba por restar-me apenas acreditar na minha força para o traçar e vencer. Às vezes sinto-me só na forma como vejo o mundo, parecem todos tão felizes ou infelizes, e na verdade estão todos tão conformados, remetidos ao mais pequeno de si.
Quero caminhar nos sentimentos… Esforço-me (muitas vezes ingloriamente) para me abstrair de tudo o que não é meu originalmente. Chegar ao vazio original talvez significasse descobrir o primeiro palmo de terra do caminho que vislumbro. É como definir o objectivo principal, perceber o que é ser feliz e acima de tudo perceber o que significa isso para mim. E depois olhar o mundo que se agiganta perante mim e procurar nele o que desejo. Bem sei que não é fácil, e também sei que não me livrarei de buscas infrutíferas, dificuldades, tristezas e frustrações.
Estou certo que a felicidade só pode advir duma capacidade que me parece exclusivamente humana. Sentir… Sentir plenamente… Portanto, falo de amor… Acredito que talvez sejas o meu caminho, é que amar dá-nos chão pra pisar, dá-nos espaço por onde andar, e horizontes pra desejar e conquistar… E a felicidade… certamente que nunca deixará de ser uma busca… Talvez amar seja o caminho, talvez um beijo seja o primeiro palmo de chão desse caminho, talvez consiga levar-te do grande, para o meu pequeno mundo, e talvez te possas agigantar nele comigo… Talvez então… o caminho para a felicidade possa ser o chão em que pousarão os nossos sentimentos…

18 dezembro, 2005

Viver efémero...

Às vezes esquecemo-nos todos do quão efémera é a nossa existência. Sem nos apercebermos ficamos presos no acessório, roubamos a nós mesmos o nosso tempo. Não nos entregamos aos nossos desejos mais profundos, vamos adiando para depois o que nos poderia trazer a felicidade, porque há sempre qualquer coisa aparentemente mais importante, há sempre qualquer coisa que nos prende ao chão que pisamos e nos impede de abrir os braços e correr a abraçar os nossos sonhos. E, o segredo duma existência verdadeiramente feliz, talvez esteja nos sorrisos que proporcionamos, nos momentos que sentimos em plenitude, nas vezes em que demos tudo para conseguirmos um momento feliz... Talvez... A realidade é dura, mas vale a pena tentar moldá-la aos nossos sonhos.
Fiquem bem.

12 dezembro, 2005

O Natal é emocionante... (ou não...)

Nem sempre temos que ter um bom motivo para escrever o que quer que seja. Nem sempre tem de ser algo emocionante e profundo.
Bem, neste momento, estou a caminho do post mais invulgar de todos os que já fiz.
Estou num lugar pouco ortodoxo que não posso revelar por motivos profissionais...
Estamos no Natal e tenho andado a pensar, o pessoal anda todo nas comprinhas... Uns vão aos chineses, outros à loja dos 300, outros ainda, embrulham muito bem as prendas que receberam, e não gostaram, no ano passado. Oferecendo-as agora a um destinatário que de certeza as vai adorar. Não há nada como fazer um esforço para assegurar que todas as coisas seguem o melhor destino.
O Natal agora é descartável e de produção em massa. Vende-se o Natal em cada loja. Longe vai o tempo em que o Pai Natal vinha da Lapónia, com um trenó cheio de belas prendinhas.
O Natal agora é made in china, ou quiça, made in taiwan, korea, etc...
Claro que também eu recebia, e adorava receber, brinquedos no Natal. Mas o melhor de tudo era a alegria que se sentia, a união da família e das pessoas.
A questão é, será que ainda alguém se lembra do que significa o Natal?
O nascimento do menino jesus! Pois é... anda toda a gente atrás do pinheirinho de Natal, mas já ninguém se lembra de fazer o presépio, com as vaquinhas, as ovelhinhas, os pastores e afins.
Meus caros, esse é que era o verdadeiro significado do Natal!
Eu até nem sou religioso, e bem que me podem dizer:
O que interessa isso? O nascimento do menino Jesus? O que interessa é que é uma época festiva, que apela à solidariedade, aos nossos corações, etc... Será que ainda é assim?
Compras de Natal desenfreadas em filas intermináveis nos shoppings, o bolo rei (que eu detesto), e mais uma colecção de doces (que eu até gosto), a malta junta-se toda pra comer um bacalhau, quiça um perú... Mas afinal, será que o Natal é só isto?
O Natal já não é o que era e tenho andado a pensar se não seria boa ideia mudar o Natal para o Verão... É que assim a malta juntava-se na praia, ou no meio da rua e fazia alta festança.
Alem disso, juntava-se o útil ao agradável e fazia-se a festança com a "emigrantada" toda! Não vos parece bem? Organizavam-se uns concertos com uns cantores Pimba... isso é que era!
É certo que assim teríamos um natal sem neve, mas caramba, no Brasil não há neve e há natal na mesma.
Bem, por aqui me fico, não vá a conversa descambar. Meus caros fiquem bem e tenham um bom Natal todos os dias!