Emotions... Why not?

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Emotions seeker...

14 março, 2007

Era uma vez uma OPA…

Ao longo do ano que passou a palavra OPA vulgarizou-se no quotidiano dos portugueses, nas mais diversas situações.
Já todos conheciam o vulgar “opa opa” como quem diz “opa opa, mexe-te daí”, assim como o também conhecido “opa…” como quem está dizer um “o pá que chatice…”, não esquecendo ainda o mais rebuscado “opa” usado como cumprimento – “opa – tudo bem?”. O que nem todos os portugueses conheciam e aprenderam a conhecer ao longo do último ano, foi o termo “OPA” significando: Oferta Pública de Aquisição.
Contudo, na minha opinião, o termo OPA significando Oferta Pública de Aquisição, não passa de uma combinação desses outros três possíveis significados há muito conhecidos. A minha crónica deste mês procura explicar a razão pela qual penso assim.
A Sonaecom, com o determinante apoio do banco espanhol Santander, por intermédio do seu CEO – Paulo Azevedo, lançou uma OPA à PT, vulgo: “Opa Opa Sr. Granadeiro, vá lá embora daí que agora quero mandar eu”. Anteriormente já o Sr. Paulo Azevedo, em colaboração com o seu pai, Belmiro de Azevedo, tinha mandado “opa’s” ao Banco Santander como quem diz “opa amigo, tudo bem?” ao que os senhores do Banco Santander terão respondido “opa”, como quem diz: “estaria tudo era se nós financiássemos uma OPA vossa sobre a PT, de modo a que os nossos amigos da Telefónica ficassem com a Vivo, deixando para vocês a TMN”. Perante isto, a família Azevedo terá dito: “opa opa”, como quem diz, “vamos a isso”.
Seguidamente o Banco Santander terá dito “opa” ao Sr. Granadeiro, como quem diz: “Oh Pá, lamento, mas embora conheçamos intimamente a PT e tenhamos sido durante muito tempo um dos bancos da vossa confiança, interesses mais altos se levantam e queremos dar cabo de vocês.”
Perante isto, o Sr. Granadeiro terá dito ao Clã Azevedo e aos senhores do Santander “opa opa”, como quem diz, “podem vir que nós não temos medo de ninguém”. Aproveitou e mandou “opa opa” também para os funcionários, BES, CGD, Eng. Sócrates, Sr. Berardo e outros, como quem diz: “amigos, opa opa, vamos lá juntar-nos para impedir que esta OPA nos leve”. Esses senhores, à excepção do Eng. Sócrates, terão respondido “opa opa”, como quem diz: “sim sim, vamos a isso”, acrescentando contudo: “opa”, como quem diz: “Oh Pá, não vai ser fácil vencer o Clã Azevedo e os seus pares”. Já o Eng. Sócrates terá dito “ooopa”, que é como quem diz: “Eu nisso não me quero meter, mas posso sempre mandar opa’s a uns comparsas amigos que vos podem ajudar…”
A partir daqui foi todo um “opa opa”, como quem diz toda uma panóplia de situações, truques, jogadas e opa’s lançados em todas as direcções e quadrantes, procurando salvaguardar o enorme conjunto de interesses em causa: “OPA! OPA!”.
Por fim, os “opa’s enviados pelo Sr. Granadeiro aos seus comparsas sortiram efeito e quando as opa’s se juntaram todas em assembleia, a trupe do Sr. Granadeiro saiu vencedora. Contudo a Autoridade da concorrência mandou logo um “opa” ao Sr. Granadeiro, como quem diz: “Sr. Granadeiro, lamentamos, mas o facto de se ter visto livre da opa da Sonaecom, não significa que não o venhamos a obrigar a assegurar as necessárias condições para a sobrevivência da concorrência (leia-se Sonaecom)”. Enquanto isto ia-se falando em eventuais “opa’s” enviados por mandatários do clã Azevedo para o senhor Abel Mateus da Autoridade da concorrência, assim como outros opa’s enviados pela Vodafone à Sonaecom e à PT-Multimédia, que deverá passar a ser independente da PT já em 2007, como quem diz: “o que acham da ideia de fazermos uma fusão e ficarmos a um passo de voltar a monopolizar o mercado das telecomunicações em Portugal?”
Posto isto meu caros, dizia-se há dias no jornal que a OPA tinha morrido, mas a mim parece-me que ela morreu mas ressuscitou logo depois, e há-de ensombrar o caminho das comunicações portuguesas nos tempos que se avizinham. OPA! OPA!