Emotions... Why not?

Um blog que procura ser uma viagem, à procura das emoções humanas.

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Emotions seeker...

30 março, 2006

Para ti a utopia, para mim a plenitude...

Aos teus olhos pode não passar de um sonho,
mas o sonho vive impregnado na minha realidade,
Aos teus olhos pode não passar de momentos,
Mas construo de momentos o meu sonhar...
Aos teus olhos a noite vira dia,
Mas aos meus, o dia vira noite
E é na noite que surge o meu sonhar pleno,
É assim que te abraço, pleno de sonhos
É assim que te vejo sorrir,
Sorris como quem abraça o mundo...
Aos teus olhos a noite vira dia...
E parece que a luz do sol leva embora o teu sonhar.
O conforto do teu regaço...
Desaparece ali assim,
ao vibrar de cada raio de sol...
Mas a noite há-de voltar,
e é pena...
não estarei lá para te abraçar...
Não estarei lá para te fazer sonhar,
E há-de ainda nascer um novo dia,
e nesse dia os raios de sol
já não fazem vibrar o teu sonhar
à medida que a luz mundana o absorve
Serão então sempre iguais
os dias, as noites e o sonhar
Um sonhar mundano,
um sonhar de acreditar só porque sim
um sonhar que para ti é utopia,
mas para mim é plenitude...

29 março, 2006

Há mails que valem a pena...

No meio das dezenas de mails aos quais fazem forward, que vêm parar à minhca caixa de e-mail, encontrei este que acho que merece estar aqui:

"Entrei apressado e com fome no restaurante. Escolhi uma mesa mais afastada do buliço para aproveitar melhor os minutos de que dispunha naquele dia atribulado. Queria comer e aproveitar para arranjar alguns bugs no meu portátil e num sistema que estava a desenvolver, além de planear a minha viagem de férias que há uns tempos não sei o que são. Pedi um peixinho grelhado, uma salada e um sumo. Afinal fome é fome, mas dieta é dieta. Abri o portátil mas entretanto assustei-me com uma voz baixinha atrás de mim:
- Vizinho, dás-me umas moedas?
- Não tenho rapaz.
- Só uma, para comprar pão.
- Tá bem, eu compro-te pão.
Para variar, o meu e-mail está superlotado. Fico distraído a ler as poesias, as lindas formatações e farto-me de rir com as as piadas. Ah! E essa música que me leva até Londres e me traz boas lembranças.
- Ò vizinho, podes pedir para por manteiga e queijo?
Percebo que o chavaleco tinha ficado por ali.
- Ok. Vou pedir, mas depois deixas-me trabalhar. Tou muito ocupado, tá bem? Chega a minha refeição e com ela o meu embaraço. Peço o pão com manteiga e queijo pro miúdo, e o empregado pergunta-me se quero que ele mande o puto embora. Os meus resquícios de consciência, impedem-me. Digo que está tudo bem. Deixe-o ficar! Traga o pão e já agora mais uma refeição completa para ele. Então o miúdo sentou-se à minha frente e perguntou-me:
- O que é que estás a fazer?
- Tou a ler e-mails.
- O que são e-mails?
- São umas mensagens eletrónicas enviadas por outras pessoas pela Internet. (Sabia que ele não ia perceber nada mas para me livrar de mais perguntas...)
- É como se fosse uma carta, só que é pela Internet.
- Vizinho, tu tens Internet?
- Tenho sim. É muito importante no mundo de hoje.
- E o que é a Internet?
- É um sítio dentro do computador, onde podemos ver e ouvir muitas coisas.
Notícias, músicas, conhecer pessoas, ler, escrever, sonhar, trabalhar, aprender. Tem tudo o mundo virtual.
- E o que é mundo virtual?
Dei uma explicação simples, novamente com a certeza que ele pouco ia perceber e que me ia deixar comer o meu almoço, sem culpas.
- Virtual é um sítio inventado, que não podemos agarrar nem tocar. Lá criamos coisas que gostávamos de fazer. As nossas fantasias e transformamos o mundo quase como gostávamos que fosse.
- É muita fixe isso.
- Percebeste o que é virtual, rapaz?
- Sim! Sim! Eu também conheço esse sítio inventado da imaginação.
- Mas tu tens computador?
- Não, na minha casa também é assim...virtual. A minha mãe tá fora o dia todo, chega muita tarde e eu quase não a vejo. Eu é que trato do meu mano pequeno que chora muito e eu dou-lhe água para ele pensar que é sopa. A minha irmã mais velha sai o dia todo e disse-me que vai vender o corpo, mas eu não percebo, porque ela volta com o corpo sempre para casa. O meu pai tá preso há muita tempo, mas eu imagino nós todos juntos, em casa, com muita comida e muitos brinquedos do natal e eu a ir prá escola pa ser médico. Isto é virtual, não é vizinho???
Fechei o meu portátil, não sem antes algumas lágrimas caírem em cima do teclado. Esperei que o puto devorasse o prato dele, paguei e dei-lhe o troco. Ele retribuiu-me com um dos mais belos e sinceros sorrisos que já recebi até hoje e com um:
- "Cinco estrelas! Tu és bué da fixe."
Ali, naquele momento, caiu-me em cima todo o virtualismo insensato onde vivemos fechados todos os dias, enquanto a realidade cruel nos rodeia e nós fazemos de conta que não a vemos!"
Se é História ou Estória, pouco me importa! O que me importa é a mensagem..."

27 março, 2006

Não sei quantas almas tenho...

"Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem achei. De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem,
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: «Fui eu?»
Deus sabe, porque o escreveu."

18 março, 2006

A sanidade da Loucura...

Tenho-me intrigado sobre uma das mais pertinentes questões que actualmente abarca a nossa sociedade. Como todos já devem ter percebido, estou a falar do Noddy...
Em situação normal poderiam pensar que estava a nomear o nome de um qualquer detergente milagroso, mas claro, hoje em dia já toda a gente sabe quem é o Noddy.
Ele está em toda a parte, começo mesmo a achar que um dia destes alguém vai fundar uma seita em nome do Noddy. Senão repare-se na letra da música. "Abram alas pró Noddy", portanto é deixá-lo passar... Como? "no seu carro amarelo" e Depois? "O dia vai ser tão belo"... Ora isto só me pode fazer lembrar uma coisa... Karol Wojtyla, Papa João Paulo II, no seu Papa-Mobil em Fátima. A malta toda a abrir alas para o Papa passar, e o Papa a prometer belos dias a toda a gente... Ora está explicado o porquê de eu achar que o Noddy é tido por muitos como o novo profeta, o salvador...
Bom, deixando-me rezas, claro está que o Noddy é o expoente máximo loucura sã que transborda na nossa sociedade, aliás, provamos todos sermos capazes de regressar à infância, ao tempo da inocência e dos sonhos cor-de-rosa. Assim enquanto o Noddy passeia no seu carro amarelo, e vai estando em toda a parte começo a questionar-me sobre a sanidade hipoteticamente sanitária desta loucura. Aliás, estou mesmo disposto a afirmar que o Noddy é louco, é uma convicção profunda, mas se me pedirem para o afirmar solenemente prometo que desminto tudo. Ora meu caro Noddy, obrigado por estares na minha vida, e ao que parece na de toda a gente, és uma proeza real, não existes e toda a gente acredita em ti.
Não para de me martelar na cabeça a ideia de que tu Noddy, és contudo, a razão de muitos dos males que nos assolam. Não sei, mas estou a imaginar o Bush a dançar ao som da tua música e a gritar com aquela voz aguda e fininha nóóddy... É claro que no momento seguinte deito as mãos à cabeça, e mergulho-a num balde de água fria.
Portanto meu caro e prezado Noddy, volta para de onde vieste antes que a sanidade sanitária dos que se dizem sãos te envolva numa qualquer descarga autoclismica.

Tenho dito...

17 março, 2006

Barco contra o cais...

Bloqueios e emoções nascem e renascem, sensações e desejos vão e vêm. Às vezes parece que nada fica, outras vezes... parece que tudo fica...
É verdade, tudo fica sempre. Umas vezes dentro de nós, outras perdido em lugares onde jamais voltaremos. Fica sempre tudo à espera de ser apagado pelo tempo, à espera que a memória se esqueça de se lembrar...
E assim proseguimos, umas vezes a lembrar, outras a esquecer. Umas vezes a esquecer-nos de nos lembramos outras a tentarmos lembrar-nos que queremos esquecer. Lembramo-nos e esquecemo-nos sempre, e entre o lembrar e o esquecer, fica o contrasenso do "recordar é viver"...
Não, recordar é lembrar e esquecer, sentir é que é viver...

07 março, 2006

Azul Turquesa...

E depois, o azul turquesa reflectido nos teus pés que batem na água levemente, e o violeta das flores, ou então, o sabor dos teus lábios, a intensidade do abraço, as águas do rio, a felicidade ali assim a alcance de um esticar de dedos, e o mundo a parar em cada noite que partilhamos…