Emotions... Why not?

Um blog que procura ser uma viagem, à procura das emoções humanas.

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Emotions seeker...

28 fevereiro, 2006

(Des)ilusão

Transborda-me alegria pelos poros. Procuro o meu bem-estar em cada olhar. É talvez altura de largar definitivamente o Porto em que ainda estão as amarras. Sim porque eu já me fiz ao mar, só deixei as amarras. É hora de deixá-las para trás.
Podes lança-las por mim ao mar, mas não te prendas nelas.
Custa ver os destroços que ficam para trás, as palavras do que não se foi, as palavras que transmitiam sentimentos perecíveis ao momento. As sensações presas apenas ao desejo de ser.
O que se diz e não se sente, o que se sente mas só dura por um momento, o que se sente mas não se marca na realidade. É isso que fica, a desilusão de ver desmoronarem-se os horizontes, a traição dos instintos, a desilusão, a incompreensão, e outra vez a traição dos instintos.

22 fevereiro, 2006

Convite...

Cliquem na imagem...


É verdade, vou mesmo editar um livro...
Aos leitores do blog, considerem-se convidados...

21 fevereiro, 2006

Um trago amargo...

Saltas muros e barreiras
colhes frutos amargos.
Deixas-te levar,
fechas, e abres os olhos de novo.
Tudo permanece igual,
assustadoramente igual...
Inócuo, vazio...
Dás voltas nesse vazio que te espreme a alma,
falta-te a força que te prende ao chão
flutuas num deambular solitário
por sonhos e anseios,
por memórias e sentimentos,
por instintos e anseios,
sorris enquanto deambulas no teu sonhar
choras por não poderes projectá-lo no teu mundo palpável,
no amor, no ombro porque anseias.
Mas um dia, vais ver...
Um dia poderás chorar todas essas mágoas,
vencer todos os muros e barreiras,
apagar com um beijo o trago amargo que trazes,
abrir os olhos de novo e veres o mundo transbordar de vida,
sentires-te no teu chão e a sorrir de felicidade.
E projectar todos os teus sonhos, sentimentos, estímulos e anseios,
nesse ombro que te acolhe como um berço
indestrutível, eterno, arrebatadoramente aconchegante...
Nesse dia que há-de chegar,
hás-de sentir a luz em ti
e saberás qual o teu caminho...

já sabes que és aquela amiga...

07 fevereiro, 2006

Síndrome do Status

Ficamos assim, alucinados pelo que não vemos. O mundo torna-se ameaçadoramente grandioso no seu vazio, nos vícios que se entranham em nós, na reduzida amplitude dos horizontes. Começa tudo a ficar muito cinzento. Um cinzento homogéneo que se espalha e nos tira de nós para nos transformar em qualquer coisa que parece ser o resultado da desumanidade levada ao extremo. Aos meus olhos é estranho este mundo onde tantos de nós se alimentam do impacto que têm nos outros humanos, ainda que não os conheçam de parte alguma. É a necessidade de reconhecimento a ser levada ao extremo.
É assim que somos, cada vez mais preocupados com o que não somos, cada vez mais distantes do que faz de nós humanos, cada vez mais vazios, e pior de tudo, aparentemente cada vez mais felizes. Mas só aparentemente, só debaixo do véu, e já quase ninguém se atreve a levantar-lhe a ponta.
E assim abrimos mão da nossa natureza… A humanidade, os afectos…

05 fevereiro, 2006

Problema de expressão, talvez...

"Problema De Expressão

Só pra dizer que te Amo,
Nem sempre encontro o melhor termo,
Nem sempre escolho o melhor modo.
Devia ser como no cinema,
A língua inglesa fica sempre bem
E nunca atraiçoa ninguém.
O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.
Só pra dizer que te Amo
Não sei porquê este embaraço
Que mais parece que só te estimo.
E até nos momentos em que digo que não quero
E o que sinto por ti são coisas confusas
E até parece que estou a mentir,
As palavras custam a sair,
Não digo o que estou a sentir,
Digo o contrário do que estou a sentir.
O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.
E é tão difícil dizer amor,
É bem melhor dizê-lo a cantar.
Por isso esta noite, fiz esta canção,
Para resolver o meu problema de expressão,
Pra ficar mais perto, bem mais de perto.
Ficar mais perto, bem mais de perto."

04 fevereiro, 2006

Hoje, Adeus... e o azul do céu...

Hoje fico sem nada,
mas finalmente abro os braços.
Hoje já não sinto nada,
mas o meu vazio é um espaço aberto.
Hoje as tuas palavras
já não chegam ao fundo de mim,
é espaço o que deixas, apenas espaço.
Hoje comemora-se a desilusão das palavras,
a insignificância do outrora sentido,
hoje estou perdido, mas só hoje.
Digo hoje, hoje! e Hoje perde o sentido,
mas o hoje é amanhã também.
Amanhã, espero, só não o será o vazio.
E amanhã, como hoje, estarás longe.
Mas quando hoje for amanhã,
não é longe que vais estar, é muito longe.
Tão longe que o meu vazio se esquece de ti.
Estarás ainda, aqui e ali,
mas isso é só amanhã...
E depois? Oh! E depois já não sei...
Nem quero saber...
É que gosto do meu vazio,
conduz-me por caminhos incertos,
por nascentes novas e puras,
e bebe a água do céu.
É azul o meu vazio,
azul como os teus cabelos,
não... os teus, os teus!
Os teus, cujo azul hei-de ver
no amanhã do amanhã de hoje.