Emotions... Why not?

Um blog que procura ser uma viagem, à procura das emoções humanas.

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Emotions seeker...

31 outubro, 2005

Estar e não ser...


É na repetição de cada pensamento e de cada gesto que buscamos a nossa originalidade. E torna-se difícil ser original, quando já nos conhecemos a nós próprios. Mas tudo o que nos rodeia, está repleto duma originalidade, que embora repetida, não o é para nós. Temos tanto para apreender, e tantas vezes nos deixamos ficar pelo mais pequeno, e pelo que julgamos ser o mais sóbrio de nós. Pois venha a mim o que não é sóbrio, venha a loucura de ser tudo menos o que sou, para que volte a mim e me veja ainda em mim, mas original de novo, por ser tão igual e tão diferente. É tão fácil existirmos, e tão difícil sermos.
E a apetência para nos aborrecermos de fazer sempre as mesmas coisas, é o caminho para a nossa auto-descoberta. Libertarmo-nos daquilo que em nós é errado e surgiu sem sabermos como. Sermos capazes de racionalizar a nossa existência até ao limite, perceber as nossas carências e as nossas necessidades de forma objectiva. Sabermos que com essa noção, racionalizando tudo, poderíamos ser autónomos. E ainda assim, depois de tudo, ansiar pelo sentimento, pela saudade e pelo afecto, e saber que a razão desaparece, e que a emoção não solicitada é sempre transcendente, Pois é como a necessidade que nos bate à porta, mas que nunca entra quando a abrimos. É a necessidade que nos bate à janela em dias de tempestade, mas que só nos invade quando sem os convidarmos, nos entram raios de sol pela manhã. E se soubermos com a razão, o que é melhor para nós, aumentamos o tamanho dos braços do nosso coração. E podem abraçar coisas tão grandiosas esses braços… coisas cheias, para encher o coração e então talvez esquecer a razão.
E se a razão é um instrumento para nos conhecermos a nós próprios, não é menos verdade que só nos braços de alguém nos podemos conhecer. Pois há emoções que a razão desconhece e é por isso que se esconde às vezes, esperando que a substitua a loucura. E a loucura aponta-nos um caminho que nos parece tão diverso… De novo volta a razão, e o passado, e aquilo que somos sem querer, e voltamos a pensar de novo as mesmas coisas, esquecendo a porta que nos abriu a loucura. E a loucura permanece amando a razão, pois podemos ser racionalmente loucos. Mas a razão, solitária permanece, pois não pode ser louca. Seguimos o caminho, e neste duelo desequilibrado, poucas vezes a loucura vence. E quando ela vence, chama a razão a si e pede-lhe que a acompanhe. Talvez seja esse o caminho da felicidade. A razão segue a loucura, a loucura fala-lhe da emoção e procura-a por todo o lado. Então a razão orienta a loucura em busca da emoção, a loucura perde a cegueira e compreende o que realmente importa… talvez então, a felicidade…

5 Comments:

Blogger Gelly said...

Um blog, um blog, tb já tens um blog!!!

:) :) :) :)

Estou tão contente que ainda nem li o post!! Fizeste bem, muito bem! Vou ser frequentadora assídua, claro!

Beijos bem rechonchudos!!

6:58 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

És tu, sem dúvida. Eternamente tu... Existencialista, saudosamente emocional, de um requinte leve nas palavras... A razão cede à loucura, pois é a ela que vai buscar alimento para poder continuar. Bebe nela o sumo da vida, sem o qual não puderia fazer sentido. E, neste emaranhar de relações intrinseca e transcendentemente motivadas, ambas se confundem, como o dia e a noite quando o sol se põe. O auge da beleza da natureza e o auge do sentir da existência. Por tudo isto, só há uma coisa que não percebo: "Estar e não ser"? É-se sempre, mesmo quando não se está!

7:03 da tarde  
Blogger Gelly said...

A razão tolda-nos o espírito, mesmo quando "busca" a louca comunhão d'almas.
A razão adia o impulso, mesmo quando se quer render ao ímpeto dos sentidos...
A razão atrasa, lentifica. Complica mais vezes do que complexifica e nós pensamos demais, simplesmente!
Quando sentires os raios de sol na pele, segue-os amigo! Porque a felicidade é pra ser sentida...
:)

Beijocas!!

(já tens um link no meu blog! :D)

7:18 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Palavras para quê?.. Acho que não há mais nada a dizer... Tudo aquilo que penso e desejo para ti, já aqui foi dito... Qundo menos esperares, estarei aqui a ler as palavras lindas que escreves. Já não sei mais o que dizer. Já te disseram tudo! Tudo o que um verdadeiro amigo pode dizer...Um grande beijinho, meu lindo.

9:18 da manhã  
Blogger FaT_DoG said...

Grande texto! 100 palavras...
Paz

1:34 da tarde  

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